EMINENCE, o novo disco dos tempos sombrios

A banda Eminence formada por seu fundador Alan Wallace: guitarras, Bruno Paraguay: Vocais, Davidson Mainart: Contrabaixo e Alexandre Oliveira: Bateria, mostram em “Dark Echoes”, novo disco da banda o direcionamento sombrio dos tempos atuais!

Lançado em plena pandemia este é o sexto disco dos mineiros, e primeiro pela Blood Blast, subsidiaria da Nuclear Blast. Gravado no estúdio: “Maçonaria do Áudio” por André Carvalho, produção de Alan Wallace e Mixado por Tue Madsen no: “Antfarm Studios” na Dinamarca, contém 12 músicas e também marca a entrada de Alexandre Oliveira (The Troops Of Doom) nas baquetas em substituição a André Marcio (ex-Overdose), fazendo assim sua estreia em grande nível, pois Dark Echoes foi um grande salto musical na carreira da banda, um disco muito primoroso que irei detalhar a seguir.

Dark Echoes, música com participação de “Bjorn Strid da banda Soilwork” vem com todo fôlego, muito forte, com uma dinâmica típica das grandes aberturas, estrofes melódicas bem arranjadas e refrão marcante, Bjorn com seu talento, juntamente com Bruno Paraguai nos refrãos, deram uma aula com aquelas mistura de vocais limpos com Hash vocals característico do estilo deixando a música muito bonita, outro destaque é a bateria muito bem encaixada mostrando que Alexandre Oliveira está em casa, o disco promete!

Burn It Again com pegada no metal moderno e harmonias baseadas na guitarra de Alan Wallace destacando a faixa, o ritmo que ele impõe é frenético muitas variações sonoras com palhetadas alá “Robb Flynn” são muito legais, Alexandre Oliveira novamente impressiona, o homem veio pra assegurar seu lugar.

B.Y.O.G. prossegue o disco e Bruno Paraguay vem a todo vapor com seus vocais variados lembrando “Corey Taylor do Slipknot” em alguns momentos com timbragens muito bacanas, essa é uma das músicas mais curtas do disco e passa o recado sem muita firula, música pra show.

Wake Up The Blind, refrão matador e ótimos vocais limpos mantém o ritmo da anterior, a bateria e o baixo estão em uma sincronia perfeita, as melodias são muito legais com uma pegada no groove, o destaque fica com o solo de: “Jean Patton do Project 46”, muito técnico engrandecendo a composição. Não posso deixar de mencionar a bateria ao final que impressiona nos contratempos, magnífico.

Into The Ashes arremeteu a algo dos ingleses da “Paradise Lost”, com seus “samples” com teclados e dinâmicas carregados de emoção, como os ingleses costumam fazer. Os vocais muito legais são o ponto alto da canção juntamente com o contrabaixo de Mainart. Essa é minha favorita do álbum sem dúvidas.

Voltada para o Death Metal, The Vanishing carrega a pegada do estilo e vocais característicos, e riffs de guitarra “sextinados”, a curiosidade são os vocais estranhos no meio que me arremeteram para um filme de terror, essa poderia facilmente fazer parte de algo assim, sendo a mais direta do disco.

Inner Suffering trás de volta a “vibe” da banda com a bateria “groovada” seguindo a dinâmica da guitarra, os vocais de Bruno Paraguay variam entre o rasgado e clean com muita facilidade no ritmo intenso da música como os grandes vocalistas sabem fazer, podemos dizer que o Paraguay é prata da casa.

Hologram vem depois da instrumental Death A Nation mantendo o disco nivelado por cima, essa tem aquela pegada das palhetadas particionadas alternado com blast-beats nos riffs, e umas partes bem climáticas que as bandas do metal moderno souberam inovar. Na reta final um clima de música industrial se apropriou do disco com uma referência a banda “Ministry” que Alan Wallace me relatou gostar tanto, N3mbers, Not Hating just Say e Parasite Planet encerram esse petardo que foi considerado um dos melhores de 2021 com louvor.

Eminence não esta ai para brincadeira, já provaram sua competência e vem figurando entre as maiores bandas do metal moderno mundialmente!

Foto: Divulgação

PARA CIMA E AVANTE…

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